Este post está fresquinho; acabei de escrever.
Definitivamente...
Eu sei, eu sei. O manual de redação da Folha não recomenda a utilização de advérbios – que expressem juízo de valor - no início de frases. Mas, dá licença consciência jornalística, vai dar uma voltinha, porque eu não tô escrevendo matéria, release ou paperzinho. Só quero relatar alguns fatos do local onde trabalho. Recomecemos.
Definitivamente, a Câmara precisa investir em segurança. Não me refiro aos homens de pretos que contrataram recentemente e que esboçam aquele sorriso sarcástico quando percebem a ausência de crachá nas vestimentas dos funcionários (é brincadeira, além daquele gesto facial, sou obrigada a ouvir frases que sonhei para o início do meu dia, tipo "Nunca leu o regimento interno da Casa?") Mas tudo bem, nada que uma ignorada básica não resolva.
O investimento que pleiteio é o tecnológico; a idéia, impulsionada por um secretário parlamentar em conversa de elevador: "Se a Câmara tivesse um detector de mentiras, metade das pessoas não conseguiria entrar na Casa". ÓTIMO! MARAVILHA!
Ai, ai. Se os administradores já tivessem acatado a sugestão, não teria eu, numa noite de quarta-feira, dia 13 de março, me deparado com uma figura estranhíssima. Perto das 20 horas entra no gabinete uma senhora loira, baixa, com aquele ar stock-up, pedindo para usar o telefone. Angélica, minha colega de trabalho, permitiu, já que o estilo "sou importante, não tá vendo" parecia ser de uma gaúcha. Abre parênteses. Para quem não sabe, trabalho para um deputado do Rio Grande do Sul. Fecha parênteses. Pois é, o telefonema da distinta senhora – que não veio dos pampas, mas da cidade do concreto, São Paulo - se transformou em dois, três, quatro... Afinal, dinheiro público serve para isso mesmo. E teve mais: contar os seus problemas, fofocas e mentiras, via Graham Bell, era pouco; achou conveniente importunar os ouvidos de todos os que estavam no gabinete 526 - ainda no batente - com uma lorota... "Sou advogada e vou assumir um cargo no STF daqui a alguns meses [sei, sei]. Estou com problema de dinheiro, vocês tem indicação de algum hotel para eu ficar?"
Angélica, toda prestativa, ainda liga para alguns hotéis. E não é que a senhora pede pra conversar com o gerente e 'mete o pau' no preço do estabelecimento. "Porque convenhamos, o hotel de vocês é bem ruinzinho (é assim que escreve?) para querer cobrar esse valor". Ah, me poupe! Não tem dinheiro para nada e ainda quer dá uma de dondoca? Quando digo nada, é nada mesmo. Tanto que, quando ela saía do gabinete, pediu duas garrafas de água para levar.
P.S: Não comentei outras tiradas que fazem dessa senhora excelente candidata ao cargo de mãe do pinóquio. "Trabalhei nas Diretas Já, fui assessora do Ulisses Guimarães..." ANRRAN, ANRRAN. (nunca fui boa com onomatopéias, mas espero que esta tenha funcionado).
Definitivamente...
Eu sei, eu sei. O manual de redação da Folha não recomenda a utilização de advérbios – que expressem juízo de valor - no início de frases. Mas, dá licença consciência jornalística, vai dar uma voltinha, porque eu não tô escrevendo matéria, release ou paperzinho. Só quero relatar alguns fatos do local onde trabalho. Recomecemos.
Definitivamente, a Câmara precisa investir em segurança. Não me refiro aos homens de pretos que contrataram recentemente e que esboçam aquele sorriso sarcástico quando percebem a ausência de crachá nas vestimentas dos funcionários (é brincadeira, além daquele gesto facial, sou obrigada a ouvir frases que sonhei para o início do meu dia, tipo "Nunca leu o regimento interno da Casa?") Mas tudo bem, nada que uma ignorada básica não resolva.
O investimento que pleiteio é o tecnológico; a idéia, impulsionada por um secretário parlamentar em conversa de elevador: "Se a Câmara tivesse um detector de mentiras, metade das pessoas não conseguiria entrar na Casa". ÓTIMO! MARAVILHA!
Ai, ai. Se os administradores já tivessem acatado a sugestão, não teria eu, numa noite de quarta-feira, dia 13 de março, me deparado com uma figura estranhíssima. Perto das 20 horas entra no gabinete uma senhora loira, baixa, com aquele ar stock-up, pedindo para usar o telefone. Angélica, minha colega de trabalho, permitiu, já que o estilo "sou importante, não tá vendo" parecia ser de uma gaúcha. Abre parênteses. Para quem não sabe, trabalho para um deputado do Rio Grande do Sul. Fecha parênteses. Pois é, o telefonema da distinta senhora – que não veio dos pampas, mas da cidade do concreto, São Paulo - se transformou em dois, três, quatro... Afinal, dinheiro público serve para isso mesmo. E teve mais: contar os seus problemas, fofocas e mentiras, via Graham Bell, era pouco; achou conveniente importunar os ouvidos de todos os que estavam no gabinete 526 - ainda no batente - com uma lorota... "Sou advogada e vou assumir um cargo no STF daqui a alguns meses [sei, sei]. Estou com problema de dinheiro, vocês tem indicação de algum hotel para eu ficar?"
Angélica, toda prestativa, ainda liga para alguns hotéis. E não é que a senhora pede pra conversar com o gerente e 'mete o pau' no preço do estabelecimento. "Porque convenhamos, o hotel de vocês é bem ruinzinho (é assim que escreve?) para querer cobrar esse valor". Ah, me poupe! Não tem dinheiro para nada e ainda quer dá uma de dondoca? Quando digo nada, é nada mesmo. Tanto que, quando ela saía do gabinete, pediu duas garrafas de água para levar.
P.S: Não comentei outras tiradas que fazem dessa senhora excelente candidata ao cargo de mãe do pinóquio. "Trabalhei nas Diretas Já, fui assessora do Ulisses Guimarães..." ANRRAN, ANRRAN. (nunca fui boa com onomatopéias, mas espero que esta tenha funcionado).
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Parabéns,
Bjinhos